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A arte de contar histórias sempre serviu para passar o conhecimento de geração para geração.

 

Isso se deve à naturalidade com a qual contamos e ouvimos histórias e ao fato de que as narrativas motivam a audiência.

 

As histórias são contadas por meios de enredos, palavra que remete a rede. As narrativas são assuntos distintos que se entrelaçam formando uma série de tramas. Então, ao invés de lidar com um assunto por vez, um enredo consegue lidar com uma série de temáticas diferentes.

 

O site Storytellers, especialista no assunto, cita a história de Aladdin da Disney como exemplo: nessa narrativa podemos ver uma história de amor, mas também uma disputa entre classes, o valor da amizade, além de permitir várias discussões sobre o que é certo ou errado na sociedade.

 

Nesse sentido, quais são as novas histórias das (e/ou para as) novas gerações?

 

Vivemos em uma economia criativa e somos criativos!

Atualmente, a tecnologia permitiu o desenvolvimento de muitos suportes e plataformas para as histórias, o que, de certa forma, democratizou a comunicação, a expressão e, por consequência, os projetos colaborativos na educação.

 

A educação e seus métodos mudaram pouco desde o século XIX. Contudo há exemplos de projetos colaborativos na educação que utilizaram os meios de comunicação já no início do século passado, como foi o caso de Célestin Freinet e seu “jornal-escola”.

 

O professor francês desenvolveu, em 1924, um projeto pedagógico de educação comunicativa através de uma impressora e de um jornal criado por seus alunos. Esse fato permitiu que os estudantes se motivassem e trabalhassem, sempre em grupo, para pesquisar, escrever, desenhar e produzir tudo o que era publicado no periódico e posteriormente distribuído entre os colegas, familiares e vizinhos do povoado.

 

O projeto despertou o empenho dos pequenos alunos/jornalistas porque os valorizou como estudantes e cidadãos, além de pemitir que eles reflexionassem e expressassem suas ideias não apenas sobre o que aprendiam na escola, mas também acerca do contexto socio-cultural em que viviam.

 

O método de Freinet de autoaprendizagem e coaprendizagem que gerou interesse em outros educadores naquela época, ainda continua servindo de exemplo para projetos atuais, visto que, com a tecnologia que temos hoje, essa ideia pode ser adaptada e ampliada a diversas plataformas a níveis globais.

 

Entretanto, a tecnologia ainda causa receio dentro da sala de aula, quando não gera temor e repulsa. Porém, seguindo e extrapolando as palavras de Jimmy Wales – cofundador da enciclopédia virtual Wikipédia-, não devemos discutir se devemos ou não utilizar a tecnologia nas escolas, e sim como usá-la. Quais são seus pontos fortes e fracos.

 

Em conclusão, precisamos nos assegurar de que crianças e jovens recebam instruções para fazer uso das tecnologias e da comunicação de maneira correta. As pessoas vão usar a Wikipédia e as novas tecnologias quando saírem da escola de qualquer maneira, então é importante que sejam treinadas para fazer isso.

 

 

 

 

Veja algumas repostagens sobre o tema:

Modelo de escola atual por Viviane Senna (BBC)

Entrevista com Jimmy Wales - Wikipédia (BBC)

Storytelling na educação (Storytellers)

 

A arte de contar histórias, a educação e as novas tecnologias

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