Educomunicação
“Ninguém sabe tudo, todo mundo sabe alguma coisa, todo o conhecimento reside na humanidade.”
- Pierre Lévy
A educomunicação incita o desenvolvimento de sujeitos socialmente ativos através do oferecimento das competências expressivas necessárias para o desenvolvimento da comunicação e expansão da criatividade; de modo que ocorra, portanto, uma quebra na hierarquia na distribuição do saber.
Atualmente, dentro dos contextos da "sociedade do conhecimento" e da "economia criativa", é imprescindível o desenvolvimento de uma comunicação democrática, participativa e colaborativa em todas as conjunturas e ambientes, especialmente dentro das salas de aulas, sejam elas formais, não formais, ou informais.
Para isso, por um lado, é necessário entender que, de acordo com a concepção sociocultural do desenvolvimento, uma criança (um estudante) não pode ser considerada isolada do seu contexto social, de suas habilidades e de seus vínculos socioculturais.
Por outro lado, a convergência mediática, ampliada pelas novas tecnologias, redimensiona cada vez mais a linguagem para um discurso multimídia, para uma linguagem audiovisual; o que gera novas formas de saber, conhecer e pensar.
Nesse sentido, educomunicar significa proporcionar os instrumentos essenciais para compreender a produção social da comunicação, para saber avaliar como funcionam as estruturas de poder e conhecer quais são as técnicas e elementos expressivos que os meios manejam para poder apreciar as mensagens com suficiente distanciamento crítico, minimizando, dessa forma, os riscos de manipulação.
Em conclusão, é preciso preparar alunos e professores para pensar e produzir dentro dessa cultura participativa do ecossistema comunicativo. O ambiente educativo deve favorecer o desenvolvimento de prosumers (prosumidores), ou seja, a mudança de simples usuários das novas tecnologias para construtores de mensagens, gestores de um entorno participativo, para protagonistas ativos de uma produção compartilhada de conteúdos.
